CASACOR SP: Casa sustentável se adequa às necessidades da família
Projeto apresenta construção desmontável, com quatro volumes independentes, autônoma em energia elétrica e com baixo consumo de água potável
“Uma das missões da CASACOR é apresentar aos visitantes tendências e inovações no morar, e a CASA AQUA é um exemplo disso. Esse projeto desafia um olhar sobre as questões sustentáveis e a necessidade de refletirmos sobre a utilização consciente de recursos dentro das nossas casas”, comenta Livia Pedreira, diretora superintendente da CASACOR.
O projeto da CASA AQUA, idealizado pela Inovatech Engenharia é um case perfeito do que a mostra busca: moradia que alia sustentabilidade e design arrojado e requintado. O empreendimento está em visitação na CASACOR São Paulo 2016 e sua arquitetura foi assinada por Rodrigo Mindlin Loeb e Caio Dotto.
Trata-se de uma casa construída em uma área de 50 m², com tecnologia construtiva finlandesa da empresa Kronan, que permitiu a entrega da obra em apenas 10 dias. Esse sistema é constituído de placas de concreto pré-fabricadas, em painéis que substituem os pilares, vigas e alvenarias de uma construção. Para a mostra, foi pensado um sistema com ligações parafusadas, que permitirá a desmontagem da casa, transporte e montagem em outra localização.
Além disso, a construção apresenta módulos desmontáveis com quatro volumes independentes. “O objetivo é levar para a mostra uma residência compacta com múltiplos usos para cada um dos ambientes. Esses podem ser desmontados e montados conforme o crescimento da família, ou diminuídos. Sempre aliados a estratégias de projeto, materiais e soluções sustentáveis que contribuem para redução drástica da pegada de carbono”, ressalta Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech Engenharia.
Para garantir o conforto térmico dos usuários, optou-se por sistema de fachadas ventiladas, fornecidas pela Eliane Revestimentos. É uma solução que cria um colchão de ar entre a estrutura da casa e o acabamento externo, promovendo desempenho térmico, acústico e energético. Além disso, reduz os índices de umidade dos ambientes internos, uma vez que evita o contato direto da água da chuva com a estrutura do edifício, e permite que a umidade interna saia mais facilmente de dentro dos ambientes para a parte de fora da construção. Foi também implantada uma cobertura verde para o mesmo fim.
Entre as outras soluções apresentadas também estão o uso de painéis fotovoltaicos para geração de energia elétrica; sistema meteorológico instalado para irrigação e aproveitamento de água de chuva sem utilização de bombas, e de automação para os eletrodomésticos, que vão operar em tempo real.
Para o aproveitamento de água de chuva, foi implantado sistema que segue o conceito de modularidade e adaptabilidade da construção para as diversas fases da vida do usuário. São módulos de 97 litros que podem ser interligados no sistema “plug and play”, conforme as necessidades de água não potável aumentam ou diminuem ao longo dos anos.
O projeto paisagístico, de Daniela Sedo, utilizou espécies tropicais com ênfase em plantas nativas; painel com hortaliças e flores comestíveis; jardim suspenso com lajes forradas de vegetação, para diminuir a temperatura interior; e irrigação automática com sensor de umidade do solo e chuva do jardim.