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CASACOR SP: loft de Marcelo Salum deriva de filme cinquentista

Filme passado na década de 50 inspira espaço que busca ser reduto dos conflitos da vida adulta

Por Giovanna Jarandilha
Atualizado em 17 fev 2020, 16h35 - Publicado em 14 jun 2019, 19h07

“Árvore da Vida” é o nome do filme de Terrence Malik, indicado a três categorias do Oscar em 2011, que retrata uma tradicional família americana dos anos 50 e os desenlaces de suas histórias.

Também, é o título do loft de Marcelo Salum para a CASACOR São Paulo, que em sua 2ª participação na mostra buscou referências no drama para constituir o espaço de cerca de 107m².

(Salvador Cordaro/CASACOR)
(Salvador Cordaro/CASACOR)

“O filme faz uma reflexão filosófica de como os traumas que carregamos para nossa vida adulta estão ligados à nossa educação, acredito que a casa, sendo uma de nossas camadas como a pele e a roupa, pode conter proporções e materiais que ajudem a curar esses traumas”, explica o arquiteto.

Como o filme é situado nos anos 1950, Marcelo se inspirou na estética da década para compor o espaço. Dessa forma, a marcenaria colorida da época abriga todas as funções do loft, em tom predominantemente amarelo – em alusão ao sol, luz fundamental para a Árvore da Vida e para tudo que habita sob ela.

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(Salvador Cordaro/CASACOR)

A busca da essência, dos primeiros aprendizados e a importância da família foram o ponto de partida para a projeção do loft.

A referência mais marcante ao filme é o hall de entrada, composto por uma árvore criada pelos artistas plásticos Alexandre Mattos e Juliano Guidi especialmente para o ambiente. O balanço logo ao lado resguarda diversas simbologias, entre elas a do desejo de liberdade e a inocência perdida.

O hall ainda é composto pelo vídeo instalação Natureza Morta, do artista uruguaio Diego de los Campos.

(Salvador Cordaro/CASACOR)

As obras de arte foram escolhidas para fortalecer o conceito do ambiente. No quarto, a composição foi feita por nomes como Jeanete Musatti, Shirley Paes Leme e das fotografias da série Prata sobre Pele, de Gal Oppido.

Além disso, algumas esculturas africanas de animais e da fertilidade reforçam o significado da Árvore da Vida.

(Salvador Cordaro/CASACOR)
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