“Árvore da Vida” é o nome do filme de Terrence Malik, indicado a três categorias do Oscar em 2011, que retrata uma tradicional família americana dos anos 50 e os desenlaces de suas histórias.
Também, é o título do loft de Marcelo Salum para a CASACOR São Paulo, que em sua 2ª participação na mostra buscou referências no drama para constituir o espaço de cerca de 107m².
“O filme faz uma reflexão filosófica de como os traumas que carregamos para nossa vida adulta estão ligados à nossa educação, acredito que a casa, sendo uma de nossas camadas como a pele e a roupa, pode conter proporções e materiais que ajudem a curar esses traumas”, explica o arquiteto.
Como o filme é situado nos anos 1950, Marcelo se inspirou na estética da década para compor o espaço. Dessa forma, a marcenaria colorida da época abriga todas as funções do loft, em tom predominantemente amarelo – em alusão ao sol, luz fundamental para a Árvore da Vida e para tudo que habita sob ela.
A busca da essência, dos primeiros aprendizados e a importância da família foram o ponto de partida para a projeção do loft.
A referência mais marcante ao filme é o hall de entrada, composto por uma árvore criada pelos artistas plásticos Alexandre Mattos e Juliano Guidi especialmente para o ambiente. O balanço logo ao lado resguarda diversas simbologias, entre elas a do desejo de liberdade e a inocência perdida.
O hall ainda é composto pelo vídeo instalação Natureza Morta, do artista uruguaio Diego de los Campos.
As obras de arte foram escolhidas para fortalecer o conceito do ambiente. No quarto, a composição foi feita por nomes como Jeanete Musatti, Shirley Paes Leme e das fotografias da série Prata sobre Pele, de Gal Oppido.
Além disso, algumas esculturas africanas de animais e da fertilidade reforçam o significado da Árvore da Vida.