Árvore caída foi ponto de partida para ambiente assinado por Thaís Caixeta
Arquiteta apostou em cores neutras e uma paleta amena para criar um ambiente aconchegante e sofisticado
Como nasce um projeto de arquitetura? Às vezes de um gosto particular, de um estilo, do desejo por uma mobília… no caso desta fazenda em Luziânia, em Goiás, uma árvore caída guiou a arquiteta Thaís Caixeta.
A arquiteta conta que a ideia inicial do proprietário era ter um móvel com tampo menor. “Ele queria uma área gourmet confortável, mas pensava inicialmente em uma mesa para dez ou doze pessoas”, diz. Pensando em reaproveitar a madeira maciça que iria apodrecer no tempo, Caixeta desenhou o móvel com pés de aço – foi preciso oito homens e uma empilhadeira para colocar o tampo onde está.
A partir dessa decisão, veio a escolha dos revestimentos. A arquiteta apostou em um porcelanato acetinado para a área interna e resistente ao escorregamento para a externa. “Como utilizamos muita madeira – tanto nos móveis, como no revestimento do teto e de algumas paredes –, e também tijolinhos terracota, a ideia era manter o tom neutro no piso. Além disso, queria uma opção que se assemelhasse aos demais materiais utilizados na cozinha americana”, justifica a arquiteta.
Os generosos 160m² de área gourmet foram bem aproveitados para acomodar confortavelmente a família e os amigos do proprietário. Distribuída entre cozinha, ambiente de jantar e de estar, tem um conceito de sala avarandada. Toda envidraçada, se abre para a piscina e para a linda vista externa. “Este foi outro pedido do morador: ele gostaria que o projeto preservasse a ampla visão do entorno e integrasse os ambientes”.
A profissional optou por portas de correr de vidro quase em toda a extensão do espaço e o mesmo piso para dentro e fora de casa. “Até as montanhas podem ser avistadas desse ambiente construído exclusivamente para receber. Isso é um grande privilégio”, conclui.