A Casa Cor Rio de Janeiro 2015 completa 25 anos e prepara muitas surpresas para essa edição, começando pela sua sede. Pela primeira vez, a mostra carioca vai habitar uma vila, com nove casas: a histórica Villa Aymoré.
Construída no início do século XX para a burguesia da época, a habitação teve seus momentos de glória e com o passar do tempo, foi esquecida e abandonada. O local, que possuía dez casas geminadas, teve a última delas arruinada completamente. O restante dos imóveis estavam em péssimas condições também.
Mas, em 2010, a Landmark Properties, adquiriu a vila e começou um processo de restauração e renovação do local. Desde 2011, as obras têm sido feitas pela Raf Arquitetura e executado pela Lafem Engenharia – e acompanhado de perto por arqueólogos e pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade.
Além das casas geminadas, foi incorporado ao projeto o prédio do antigo Hotel Turístico, localizado na entrada da rua de acesso à Villa; e construído um novo, o Edifício Baronesa, que ganhou o contorno da montanha e cobogós. Uma área total construída de 9.000 m².
“Foi uma renovação completa. Afinal, criamos uma nova identidade para aquela construção”, diz Anibal Sabrosa, diretor-sócio da Raf e um dos responsáveis pelo projeto. “Nossa missão era adaptar as casas para um novo uso, totalmente diferente, de forma que isso fosse viável comercialmente para a Landmark. Mas era preciso também respeitar o passado e a história daquele lugar”, completa.
Além da total recuperação das fachadas ecléticas, as casas passaram por um retrofit que incluiu novas instalações e o reforço de suas estruturas.
As nove casas abrigarão 40 ambientes. No primeiro andar ficarão os espaços dedicados à moradia: livings, cozinhas, suítes, lofts. No segundo, os ambientes de trabalho. Na Casa Cor Rio 2015, a Villa Aymoré vai dar boas ideias de como manter os dois ambientes em um só lugar.