Quem vive em grandes centros urbanos sabe que o desejo de se desligar da correria é constante. Uma casa de veraneio pode ser a solução perfeita ao intervir na rotina agitada, e, com isso em mente, o escritório Gui Mattos arquitetura entrou em cena.
Batizada como Residência Haras Larissa III, a construção foi feita do zero pelo escritório. “A concepção da residência parte de criar uma comunicação com a área externa, abraçando piscina e gramado através de uma implantação em ‘L’“, explica Gui Mattos, à frente do projeto.
A proposta do escritório era fazer com que os moradores se sentissem abraçados pela natureza e pudessem descansar com bastante conforto e amplitude, já que uma das atividades que o casal não abre mão é a de receber os amigos em casa. Para isso, uma área gourmet espaçosa e confortável foi implementada.
Para criar a integração, painéis vazados de madeira foram implementados, bem como portas de correr do mesmo material. A estrutura permite dar visibilidade para o quintal ao mesmo tempo em que isola as áreas sociais, como a sala de estar.
O visual contemporâneo traz um clima sofisticado para a casa de campo. Os arquitetos apostaram em poucos móveis, bem distribuídos, para manter uma circulação fluida e melhor ventilação nos espaços.
Desafios do projeto
Algumas regras do condomínio fizeram com que os arquitetos precisassem recorrer a estratégias para se adequar à legislação local. Um dos maiores desafios, segundo Gui Mattos, foi a obrigatoriedade do uso de telhados aparentes e arquitetura tradicional, o que culminou em uma estrutura em pórticos de madeira engenheirada que se repete ao longo dos dois pavilhões.
“Sobretudo, essa ‘casca’ externa que garante a privacidade dos moradores teve também o papel de esconder os volumes ortogonais em concreto aparente, material muito apreciado pelos clientes, mas que não poderia aparecer nas fachadas por conta da legislação local”, explica.
Escritório personalizado
Na área do mezanino, o estúdio apostou em um espaço que serve como escritório e foi feito totalmente sob medida para o casal, atendendo a todos os gostos de maneira personalizada.
Leitura e música foram os principais gostos destacados pelos moradores para os arquitetos, sendo assim, a área do mezanino foi dividida entre biblioteca, espaço para os vinis e ambiente de trabalho para atender esse desejo.
“Com o avanço do desenvolvimento da casa durante a pandemia, a necessidade de criação de áreas para home office surgiu e, com isso, uma mesa de trabalho foi colocada no espaço, assim como apoios retráteis no armário da suíte master para a formação de um espaço mais reservado”, finaliza Gui Mattos.