7 prédios icônicos da Avenida Paulista que você precisa conhecer
Um dos endereços mais importantes da cidade de São Paulo, a Avenida Paulista é preenchida por marcos arquitetônicos de característica modernista
Uma avenida recheada de prédios de diferentes estilos, tamanhos e finalidades. Este é o cenário da Avenida Paulista, um dos endereços mais importantes da cidade de São Paulo e um marco arquitetônico da capital, afinal, prédios icônicos, com características modernistas, preenchem o caminho.
De David Libeskind a Giancarlo Palanti, a avenida está cercada de projetos arquitetônicos assinados por renomados arquitetos. Por isso, a seguir, descubra os prédios mais icônicos deste endereço!
1. Edifício Anchieta, por MMM Roberto
Localizado entre a Rua da Consolação e Avenida Angélica, o Edifício Anchieta, de 1948, é um dos primeiros edifícios residenciais projetados da Avenida Paulista e um dos ícones da arquitetura moderna.
Assinado pelo escritório MMM Roberto, o edifício foi encomendado, inicialmente, para servir de residência aos funcionários aposentados da indústria. Em 1963, o órgão responsável pela administração do edifício vendeu os apartamentos, dando preferência aos então moradores (locatários).
O edifício conta com 72 unidades residenciais (simples e duplex, com áreas que variam entre 108 m² e 122 m²) distribuídas em 10 pavimentos e três lojas no térreo: duas delas desativadas e o tradicional Bar Riviera.
Aliás, o Riviera é um dos motivos da popularidade do prédio. Fundado em 1949, o bar foi ponto de encontro de artistas como Toquinho, Chico Buarque e Elis Regina; serviu de inspiração aos personagens do cartunista Angeli e foi cenário de filmes. Ficou fechado entre 2006 e 2013, quando reabriu e retomou seu lugar na vida noturna de São Paulo.
2. Edifício Três Marias, por Abelardo de Souza Riedy
Composto por três blocos: Maria Regina, Maria Julia e Maria Cristina, o Edifício Três Marias foi projetado por Abelardo Riedy de Souza no ano de 1952.
Ao todo são 95 apartamentos com metragens que variam entre de 140 e 270 m². O destaque do prédio, além do uso das cores rosa e azul, se dá ao jogo de elementos presentes na fachada.
Viradas para a Paulista estão as varandas nos andares mais baixos; já na Haddock, as mesmas encontram-se nos andares altos. A implantação em “L” permite que os fundos do prédio permaneçam com boas condições de conforto térmico e iluminação.
3. Conjunto Nacional, por David Libeskind
No quarteirão que permeia algumas das ruas mais icônicas da cidade – Augusta × Paulista × Padre Manoel da Nóbrega × Santos –, o edifício destaca-se como o grande monólito de autoria do arquiteto David Libeskind, e é considerado um dos primeiros grandes edifícios modernos multifuncionais na cidade de São Paulo.
Construído em 1952, na lâmina horizontal e vertical temos apartamentos, salas comerciais, lojas, restaurantes, teatro e cinema. Juntando o morar, o lazer e o trabalho em uma única forma.
São 669 salas comerciais, 66 lojas e 47 apartamentos, além do espaço da Livraria Cultura (onde também está localizado o Teatro Eva Herz), uma academia de quase 5 mil m², localizada no 2° terraço e o Bar e Restaurante Blue Note.
Além da ousadia na época de juntar todos esses elementos, outra coisa que se destaca no projeto é a transição quase imperceptível que se estabelece entre o espaço público do passeio e o térreo do edifício, criando o diálogo entre o pedestre e a obra.
4. Edifício Chipre e Gibraltar, por Giancarlo Palanti
Com finalização da construção em 1952, o conjunto de edifícios “Chipre e Gibraltar” foi idealizado pelo arquiteto italiano Giancarlo Palanti e pela construtora Alfredo Mathias.
Esquina da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, apesar de visualmente parecer uma construção única, os dois edifícios têm funções e usos completamente diferentes. Um deles é voltado exclusivamente ao uso comercial, enquanto o outro abriga apartamentos residenciais, com entradas independentes.
Arquitetonicamente, a fachada chama atenção pelas linhas horizontais das varandas e esquadrias, que trazem equilíbrio e cor à construção, já que seus detalhes são em verde escuro. Os edifícios possuem 12 andares, sendo que os apartamentos possuem em torno de 150 metros.
5. Edifício Saint Honore, por João Artacho Jurado
Projetado pelo talentoso arquiteto-construtor autodidata João Artacho Jurado, o Edifício Saint Honoré está localizado no meio do espigão da Paulista.
O edifício, diferente do que costumamos encontrar nas obras do arquiteto, é sóbrio nas cores e na forma. A obra original previa pastilhas coloridas ao longo de toda a fachada, mas os planos mudaram e o edifício foi construído inteiramente neutro.
A inspiração do arquiteto para seus projetos vinha de um estilo Hollywoodiano pós guerra que mistura elementos do moderno, nouveau, decó e clássico.
6. Edifício Paulicéia, por Gian Carlo Gasperini e Jaques Pilon
Formado por duas torres: Pauliceia, voltado à Avenida Paulista e São Carlos do Pinhal para a rua paralela de mesmo nome; o projeto de Gian Carlos Gasperini e Jacques Pilon, com paisagismo de Burle Marx, faz parte do patrimônio histórico da cidade de São Paulo e seu tombamento aconteceu em 2010.
Os prédios são compostos por elementos bem característicos da arquitetura moderna: janelas em fita, pilotis, fachada revestida de pastilhas.
7. Edifício Nações Unidas, por Abelardo Riedy de Souza
Um ícone da arquitetura moderna, sendo um dos edifícios pioneiros na verticalização da Av. Paulista, com uso misto (residencial e comercial), o Edifício Nações Unidas assinado por Abelardo Riedy de Souza é composto por duas torres com número de pavimentos diferentes.
Sua monumentalidade, sofisticação e leveza são traduzidos através da composição de cores da fachada, do painel do artista Clóvis Graciano voltado para a rua, dos elementos vazados de louça, do marcante coroamento das torres com laje vazada em círculos (referência ao projeto do MOMA de Nova York), assim como o forro da galeria que segue a mesma linguagem do coroamento, e dos pilares em ‘V” no térreo.