A atual obra de arte mais cara do mundo, avaliada em quase US$470 milhões, pode não ter os detalhes realistas de Davi, de Michelangelo, nem o jogo de luz e sombra de As Meninas, de Diego Velázquez, mas tem algo igualmente trabalhoso: um diploma universitário.
Batizada como Da Vinci of Debt (Da Vinci da Dívida), a obra que superou o quadro Salvator Mundi, de Leonardo Da Vinci (avaliado em US$450,3 milhões) é composta por 2.600 diplomas universitários emoldurados, amarrados em formato de espiral, como se fosse um caleidoscópio, e é uma crítica ao sistema universitário norte-americano. Cada diploma da obra representa 180 mil dólares, que equivale ao custo médio de quatro anos de graduação nos Estados Unidos. Assim, a obra estaria avaliada em 470 milhões de dólares.
Assinada pela artista Ethan Jakob Craft e exposta no terminal Grand Central, em Nova York, a obra foi patrocinada pelo grupo Anheuser-Busch, responsáveis pela cervejaria Natural Light, bebida muito consumida por universitários norte-americanos.
“Crédito estudantil é um dos mais importantes e terríveis problemas para os norte-americanos hoje em dia. Nós escolhemos a arte como um meio de expor isso. Vimos que os preços de peças de arte poderiam ser uma excelente analogia para quatro anos de estudos universitários”, fala Daniel Blake, vice-presidente de marketing da Anheuser-Busch.
O grupo ainda irá disponibilizar US$1 milhão para que estudantes possam pagar seus estudos. “A faculdade deve ser cheia de diversão, não de dívidas”, disse a empresa. Para aqueles que não estão em Nova York, é possível visitar a obra através deste site.