A CASACOR Brasília 2021 tem uma conexão especial com a arte. Esse vínculo se inicia na entrada da mostra, onde está a instalação Galeria dos Heróis Invisíveis, dos arquitetos Eduardo e Lilian Sainz. Considerado o primeiro ambiente dos 37 da exposição, ele presta um tributo aos profissionais da linha de frente de combate à Covid-19, com fotos em preto e branco de Breno Esaki em andaimes de estruturas metálicas.
Ao longo da mostra, esculturas, gravuras, fotografias e tapeçarias desfilam pelos ambientes. Alguns profissionais da edição quiseram celebrar artistas que se conectam com a cultura brasiliense. Esse foi o caso de Guilherme Bussamra e Elisa Fraga, da Guel Arquitetos, responsáveis pela Casa Cosmopolita. No ambiente, a dupla conta com duas telas do artista plástico e paisagista Roberto Burle Marx, duas gravuras de Lucio Costa, tela de Siron Franco e fotos do fotógrafo Bruno Stuckert.
No espaço Galeria, concebido pelo trio Caroline Oliveira, Isabela Diniz e Olívia Campos, o ambiente é todo dedicado a expor os registros do fotógrafo Bento Viana. Entre as telas símbolos candangos, como imagens de ipês, dos azulejos de Athos Bulcão, dos cobogós dos prédios das Superquadras e da Catedral Metropolitana de Brasília.
No Studio Fiat de Bruno Pessoa, do Studio Ark, a garagem se torna um grande espaço de colecionador. Na parte externa, o público se depara com a escultura Super Oxy com três cabeças em aço, de José Bechara. O carioca tem obras em coleções particulares e públicas, como no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Outro destaque é a vazão do artista plástico Vanderlei Lopes em bronze polido.
No ambiente Casa Breton, do arquiteto Thales Zago, telas e esculturas dividem espaço nos 300 metros quadrados que propõem uma releitura das residências do campo. Os quadros são de autoria do artista plástico autodidata Jeffer Zion, já as esculturas são assinadas por Rômulo Mazza.
A Casa Finitura assinada pela dupla Hélio Albuquerque e Sonia Peres recebeu o prêmio do júri técnico na categoria Melhor Uso De Obras Arte. A coleção de arte do empresário Francisco Telho foi exibida de forma a valorizar cada uma das peças. Com curadoria de Betty Bettiol, o espaço encantou a todos.
Esculturas e tapeçarias
As esculturas também têm protagonismo nos ambientes da 29ª edição da mostra. No Espaço Tempo, do Studio 2, do arquiteto Alex Claver e do designer Wilker Medeiros, há uma escultura do artista plástico Armarinhos Teixeira, que se une a várias outras obras de arte que compõem o espaço, como um quadro de Lúcio de Carvalho e fotografias de Cristiano Xavier.
Tapeçaria também foi a escolha do projeto de Palloma Meneghello Arquitetura & Associados, grupo responsável pela Sala de Banho São Geraldo. A peça é do artista Alex Rocca, o artista tem despontado como grande nome no mercado.
A artista plástica carioca Carolina Kroff tem duas peças de tapeçaria em ambientes gastronômicos da mostra. As obras estão presentes no restaurante Aroma CASACOR, projeto da arquiteta Flavia Nasr, e no bar Altas Gastrobar, espaço produzido pelo Studio Freijó. As peças foram criadas especialmente para os ambientes.
Sobre a CASACOR Brasília
A CASACOR Brasília está completando 29 anos. As arquitetas Eliane Martins e Sheila Podestá têm uma longa história com a mostra na cidade, ao participarem como profissionais convidadas em 1994 com o Quarto de Casal. Posteriormente, no ano 2000, uniram-se à Abadia Teixeira e Catarina Bastos – dupla que inaugurou a mostra tanto em Brasília quanto em Goiás -, na administração da CASACOR nas duas praças. Dois anos depois, assumiram totalmente as duas franquias da região Centro-Oeste. A empresária Moema Leão se juntou a Martins e Podestá em 2001 para contribuir com o sucesso de público da mostra ao torná-la umas das mais visitadas do país.