10 exposições que você não pode perder em São Paulo
Da fotografia às artes, confira uma seleção variada para você curtir a programação cultural da cidade
A agenda cultural de São Paulo está repleta de bons programas para 2024 e as exposições — algumas em cartaz e outras a serem inauguradas em breve — são destaque. As narrativas são as mais variadas e prometem agradar a todos os gostos em uma cidade tão diversa e plural. Vão de fotografia, arte contemporânea, arte africana chegando até ao universo lúdico. Abaixo, selecionamos 10 exposições incríveis que valem a pena visitar. Confira a lista e programe-se!
1. Nihoncha: introdução ao chá japonês | Japan House
Os admiradores da cultura japonesa e do chá não podem perder esta exposição que está em cartaz na Japan House até o dia 7 de abril. Os visitantes podem conferir como é o processo de produção do chá japonês — que também é conhecido como nihoncha —, ver uma amostra das variedades de chá do país, além de conhecer utensílios tradicionais e contemporâneos, desenhados por designers japoneses. A exposição apresenta, ainda, a primeira construção feita em madeira de impressão 3D do mundo: a casa de chá Tsuginote, projetada pelo arquiteto japonês Kei Atsumi e o arquiteto francês Nicholas Préaud. São mais de 900 peças são produzidas com madeira de descarte, que se fixam a partir de encaixes inspirados na arquitetura tradicional japonesa, sem o uso de cola, pregos ou parafusos.
Quando: até 7 de abril de 2024
Endereço: Avenida Paulista, 52
2. Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira | CCBB São Paulo
A exposição instalada no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo apresenta obras de 61 artistas negros, produzidas nos últimos dois séculos no Brasil. Ao todo, são cerca de 150 pinturas, fotografias, esculturas, instalações, vídeos e documentos, que percorrem desde o período pré-moderno até a contemporaneidade. Desenhada a partir de cinco artistas centrais, a exposição revela diferentes épocas e discussões relacionadas ao contexto de suas gerações e regiões. A mostra é um desdobramento do Projeto Afro, uma plataforma de mapeamento e difusão de artistas negros e da cultura afro-brasileira.
Quando: até 18 de março de 2024
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112
3. George Love: além do tempo | MAM
O fotógrafo afro-americano George Love (1937-1995) será tema de uma retrospectiva a partir do dia 29 de fevereiro na sala Milú Villela do Museu de Arte Moderna de São Paulo. A exposição vai trazer uma seleção do arquivo que o fotógrafo deixou e objetos relevantes de sua história, apresentados em uma linha do tempo. Entre os trabalhos que serão mostrados ao público, há produções publicitárias, editoriais, autorais e registros de incursões na Amazônia. Artista carismático, George Love foi cercado por uma aura de mistério, como se fosse uma lenda. As ações que ele produziu no meio cultural, editorial e corporativo expandiram os horizontes da fotografia e abriram caminhos para gerações futuras de fotógrafos brasileiros.
Quando: de 29 de fevereiro a 12 de maio de 2024
Endereço: Parque do Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral, sem número
4. Lygia Clark: projeto para um planeta | Pinacoteca
Considerada um dos nomes mais importantes da arte brasileira contemporânea, Lygia Clark (1920-1988) será título da nova exposição da Pinacoteca de São Paulo, que será inaugurada dia 2 de março. Isso porque a artista faz parte de uma geração responsável por ampliar as linguagens e estabelecer vínculos com questões socioculturais. A mostra vai apresentar ao público obras e proposições do início da década de 1950 até os anos 80 e o título vem de um exemplar da célebre série Bichos, criada nos anos 60, responsável por ampliar as possibilidades da escultura moderna, tornando-a flexível e participativa.
Quando: 2 de março a 4 de agosto de 2024
Endereço: Pinacoteca Luz (primeiro andar) – Praça da Luz, 2
5. Cao Fei: o futuro não é um sonho | Pina Contemporânea
O edifício Pina Contemporânea, extensão da Pinacoteca de São Paulo, recebe a mostra sobre a obra da artista chinesa Cao Fei até o dia 14 de abril — a primeira na América Latina. Na exposição, o visitante vai percorrer por quatro conjuntos de trabalhos com temas que analisam como as rápidas mudanças sociais do século XXI, marcado pelo intensivo uso das tecnologias, vêm afetando a subjetividade e as experiências humanas. O objetivo é introduzir a produção da artista ao público brasileiro a partir de trabalhos que exploram diversos tipos de mídias, como vídeos, fotografias e instalações. Um dos trabalhos mais conhecidos de Cao Fei é o filme RMB City (2007), criado a partir de experimentos no jogo Second Life — uma plataforma virtual que simula a vida real a partir da interação de avatares —, onde ela construiu uma enorme cidade com diversas referências à China real, tida como um grande experimento teste das relações entre o real o virtual.
Quando: até 14 de abril de 2024
Onde: Pina Contemporânea (Grande Galeria) – Avenida Tiradentes, 273
6. Francis Bacon: a beleza da carne | MASP
A partir do dia 23 de março, Francis Bacon será tema de uma exposição abrangente no Museu de Arte de São Paulo, que tem uma programação para 2024 dedicada às histórias da diversidade LGBTQIA+ ao redor do mundo. A biografia e a obra do artista foram permeadas pela presença de seus amantes, especialmente Peter Lacy e George Dyer, com os quais tinha relações intensas e turbulentas. A mostra apresentará diversos retratos desses homens, além de outras figuras marcantes em sua vida, como seu companheiro próximo John Edwards. O título A beleza da carne é inspirado em uma fala do artista durante uma entrevista, conduzida pelo crítico de arte David Sylvester: “[…] enquanto pintor, devemos lembrar que há essa grande beleza na cor da carne. […] “.
Quando: de 23 de março a 28 de julho de 2024
Endereço: Avenida Paulista, 1578
7. Que país é este? A câmera de Jorge Bodanzky durante a ditadura brasileira, 1964-1985 | IMS
O cineasta e fotógrafo Jorge Bodanzky será homenageado em uma exposição no Instituto Moreira Salles paulista a partir do dia 23 de março, que terá como foco sua produção realizada durante a ditadura militar brasileira (1964-1985). A mostra vai apresentar a jovem produção fotográfica, experimentações em super-8, reportagens para TVs alemãs e alguns dos principais longas-metragens, como Iracema (1974), Gitirana (1975), Os Mucker (1978), Jari (1979), Terceiro Milênio (1980) e Igreja dos Oprimidos (1985). Bodanzky ficou conhecido por renovar o cinema brasileiro ao mesclar documentário e ficção para abordar os conflitos sociais e políticos desse período sombrio no Brasil.
Quando: de 23 de março a 28 de julho de 2024
Onde: Avenida Paulista, 2424
8. Mônica 60 anos – Sempre fui forte | Casa das Rosas
Uma das personagens brasileiras mais queridas e marcantes da infância de muita gente, a Mônica dos quadrinhos está celebrando 60 anos e ganhou uma exposição que está fazendo o maior sucesso. A Mauricio de Sousa Produções em parceria com a Casa das Rosas preparou uma imersão completa na história da menina forte e amada no mundo todo. Composta por 12 salas, a exposição apresenta a trajetória completa da Mônica — desde a estreia em 1963 até se tornar um ícone cultural.
Quando: até 20 de fevereiro de 2024
Onde: Avenida Paulista, 37
9. Nova Fotografia 2024 | Cores de São Paulo | MIS
O projeto Nova Fotografia do Museu da Imagem e do Som seleciona anualmente seis novos fotógrafos para uma exposição individual. Coordenado pelo Núcleo de Programação, com supervisão e coordenação da curadoria geral do MIS, o projeto seleciona séries fotográficas inéditas de profissionais que se destacam pela originalidade técnica e estética e, que depois do período em exposição, passam a integrar o acervo do museu. A primeira temporada de 2024 vai ser inaugurada com a série Cores de São Paulo, produzida pelo fotógrafo Rafa Rojas, que explora uma nova visão da cidade cinza, buscando uma fuga nas matizes da arquitetura da cidade.
Quando: de 7 de fevereiro a 17 de março de 2024
Onde: Avenida Europa, 158
10. Máscaras e Flôrs: os papéis de Tomie Ohtake | Instituto Tomie Ohtake
Pela primeira vez acontece uma exposição sobre Tomie Ohtake (1913-2015) com um recorte cujo enfoque não são as obras, mas os papéis, documentos e revistas que figuram no acervo pessoal da artista, mantido em sua casa-ateliê — projetada pelo filho e arquiteto Ruy Ohtake (1938-2021), onde viveu desde 1970 até falecer. Essa é uma oportunidade rara de conhecer um pouco mais sobre a vida e a obra de Tomie, em um dimensão ainda pouco vista, já que a casa-ateliê raramente é aberta ao público.
Quando: até 5 de maio de 2024
Endereço: Rua Coropé, 88