Quem mora em São Paulo, Rio ou Belo Horizonte, conhece bem os charmosos “predinhos” ora antigos ora modernos que conseguiram sobreviver ao avanço dos grandes empreendimentos nos bairros centrais dessas cidades. Foi com esse olhar delicado para esses edifícios sobreviventes que a designer e arquiteta mineira Juliana Vasconcellos, do elenco CASACOR, escolheu uma construção da década de 1950 para chamar de sua.
Situado em uma área arborizada no bairro Jardim Paulistano, de São Paulo, o edifício estava apenas precisando de cuidados e as características originais da época de construção foram essenciais para a decisão de serem mantidas.
Neste apartamento a profissional optou por recuperar e manter quase tudo da forma original e aposta nas tonalidades marcantes para dar personalidade ao espaço. “Acredito que meu amor pelas cores veio de morar numa cidade solar”, diz Juliana. “Busco sempre usar cores numa linguagem cosmopolita” complementa, a arquiteta e designer de móveis que sempre inicia um projeto parte da ideia de misturar cores e texturas.
As obras de arte e as peças de design são um destaque marcante no apartamento de Juliana Vasconcellos. Sobre o sofá, desenhado pela profissional e pelo seu ex-companheiro Matheus Barreto, está a obra de Dudi Maia Rosa. A luminária de teto é de Robert Haussmann e a mesa de centro é de Terry Della Stufa. Na lateral a fotografia da Torre de Pisa feita pelo documentarista britânico Martin Parr. Próximo da lareira, a mesa de centro, desenhada por Juliana e Matheus Barreto, é feita de madeira e pedra-sabão. As poltronas são de designers alemães dos anos 60. E o tapete, que foi feito à mão no Nepal, também foi criado pela arquiteta.
E como não poderia faltar em sua lista de inspirações, Juliana Vasconcellos cita: “Niemeyer era meu favorito. Amo Joaquim Tenreiro, Lina Bo Bardi e Luis Barragán. E dos contemporâneos, sou inspirada pelos irmãos Campana, meus amigos Rodrigo Almeida e Zanini de Zanine”.
Fonte: Architectural Digest