O apartamento era um sonho antigo do casal de advogados, que hoje habitam nesta casa com sua família. Na verdade, como explica Kika Tiengo, designer de interiores à frente da reforma, os três já se conheciam de um projeto anterior, com o qual haviam trabalhado juntos. “Este apartamento já era o objetivo deste jovem casal de advogados desde o primeiro apartamento que projetei para eles. Fiquei muito feliz em participar da realização desse sonho”, revela ela
Localizado na Vila Nova Conceição, em São Paulo, o apartamento de 380 m² é onde o jovem casal sempre quis morar. A planta original, da década de 1980, exigiu que a designer encontrasse soluções modernas para suas paredes diagonais, que poluíam visualmente a casa e não aproveitavam a área da melhor forma.
Assim, ela planejou que as áreas sociais fossem visualmente unidas através da marcenaria, que na sala de jantar, por exemplo, cumpre uma dupla função: ela não só oculta os cantos chanfrados do ambiente, mas também serve como um móvel para refeições.
Outra grande mudança foi o tamanho da cozinha, que ganhou uma expansão e passou a ocupar parte da área de serviço, cuja metragem era grande demais. Já no home cinema a planta também foi redesenhada com soluções que permitem integrá-la a cozinha. “Sinais dos novos hábitos”, reflete a designer.
Tiengo explica que, entre o home cinema e a sala de jantar, existe um pilar que impedia a concretização dos seus planos para o ambiente. “Como não queríamos ter uma parede cega entre esses ambientes, utilizamos peças metálicas verticais que, além de disfarçarem o pilar, permitem a entrada de luz natural na residência“.
O resultado foi tão bem-sucedido que o elemento foi utilizado também na entrada do banheiro. No living, o destaque é o grande forro de madeira, cuja paginação foi orientada a partir do caminho percorrido pela luz natural através dos ambientes. Esse elemento super versátil reforça o eixo entre as janelas da sala – que dão vista para o belo Parque do Ibirapuera – e a sala de jantar, que permite observar a vista superior do bairro.
Nas áreas sociais, os acabamentos, os painéis de madeira e os revestimentos de mármore criam um pano de fundo para a extensa coleção de arte e design.
Quanto a isso, os proprietários não tiveram dúvidas: a prioridade era selecionar o melhor que os designers e artistas brasileiros têm a oferecer. “Destacamos o mobiliário brasileiro moderno dos anos 50 e 60 com Sergio Rodrigues, Jorge Zalszupin, Giuseppe Scapinelli. Entre os nossos contemporâneos, escolhemos Jader Almeida , Guilherme Wentz , Gustavo Bittencourt, e entre os artistas, Paulo Pasta, Amilcar de Castro, Marina Rheingantz, Artur Lescher, Roberto Burle Marx, entre outros”, completa a designer.
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Fonte: Architectural Digest España