Uma nova versão do trem Expresso do Oriente está chegando à Itália em 2023
O Expresso do Oriente 'La Dolce Vita' levará os viajantes para 14 regiões italianas, além de Istambul, Paris e Croácia
Em 2023, diversos viajantes terão uma nova oportunidade de experimentar o glamouroso trem à la “Expresso do Oriente” na Itália – este, que já foi apelidado de “Expresso do Oriente La Dolce Vita” para essa nova versão.
O projeto lançará seis trens diferentes em 14 regiões italianas, três rotas internacionais e mais de 16.000 milhas de linhas ferroviárias. As viagens devem durar de um a três dias, e as reservas já estão abertas desde junho de 2022.
Já se passaram 45 anos desde que o Expresso do Oriente original foi suspenso devido a um declínio no número de passageiros, embora trens semelhantes seguindo rotas ligeiramente diferentes tenham surgido ao longo dos anos.
“Estamos trazendo de volta um ícone de luxo, mas com um toque totalmente italiano”, diz Paolo Barletta, CEO da Arsenale, empresa italiana de investimentos imobiliários.
“O Orient Express La Dolce Vita vai oferecer uma janela para algumas das partes menos conhecidas do nosso país, enquanto ainda para em Roma, Florença e Milão, e fornecer o alto nível de serviço pelo qual sempre foi conhecido. A ideia é dar aos passageiros a chance de sair do trem e explorar os destinos menos óbvios da Itália – uma experiência ‘dolce vita’ em 360 graus”, explica.
Além da Itália, o serviço de trem revivido também seguirá para três destinos internacionais: Istambul, Paris e o porto croata de Split.
Assim como na era de ouro das viagens de trem, quando os viajantes às vezes deixavam suas cabines para passar a noite em um hotel de luxo, os passageiros também poderão fazer o check-in em um express hotel, o Minerva, com inauguração prevista para 2024. A propriedade histórica – um palácio barroco do século XVII perto do Panteão – será o primeiro de uma coleção de hotéis Orient Express.
“Pense nele como uma atualização do Expresso do Oriente”, diz Barletta. “A linha férrea redefiniu as viagens de luxo e passou a representar muito mais do que apenas um trem. Com este novo projeto, queremos escrever seu próximo capítulo”.
Décor histórico com um toque moderno
Quando o trem original do Expresso do Oriente surgiu em 1883, seus vagões estavam entre os mais luxuosos da época, com recursos como intrincados painéis de madeira, poltronas de couro e lençóis de seda.
A bordo, os passageiros foram servidos oito pratos em toalhas de mesa brancas e os melhores utensílios de jantar, enquanto eram levados para diferentes destinos na Europa, de Budapeste e Munique a Veneza e Paris.
De acordo com a Dimore Studio, empresa de design italiana que está à frente do projeto de interiores, a nova locomotiva buscará esse mesmo estilo refinado, sem tentar copiá-lo.
“Não estamos criando uma réplica, mas nossa própria interpretação do trem, de olho em nossa herança”, diz Emiliano Salci, um dos cofundadores do Dimorestudio.
“Os interiores terão influências da era de ouro do design italiano – os anos 50, 60 e 70 – e combinarão toques retrô com uma estética mais moderna. Cada aspecto disso será um equilíbrio entre o histórico e o contemporâneo”, completa.
Assim, o projeto terátexturas diferentes, tapetes macios, obras de arte contemporâneas, detalhes em latão e detalhes de design em camadas.
Cada um dos seis trens separados irá variar um pouco um do outro, mas cada um incluirá 12 cabines Deluxe, 18 suítes, uma suíte Honor e um restaurante com chefs e sommeliers locais e internacionais.
Os menus vão reprisar o jantar cinco estrelas do Express Original, com foco em ingredientes e pratos italianos.
O retorno do Expresso do Oriente se encaixa em uma tendência maior que está ganhando força na Itália: o ressurgimento de trens e linhas ferroviárias históricas da Trenitalia e Fondazione FS – locomotivas a vapor, diesel ou elétricas de várias épocas.
Mas também faz parte de uma mudança geral na Europa para viagens lentas. “As viagens ferroviárias só devem ganhar mais destaque à medida que repensamos coletivamente a maneira como vemos o mundo e o impacto que causamos”, diz Paolo Barletta, CEO da Arsenale.
Fonte: CN Traveler