Um empresário curitibano que viaja uma vez por mês para São Paulo a negócios costumava se hospedar em hotéis durante sua estada na cidade. Com o tempo, sentiu a necessidade de investir em um apartamento compacto no coração financeiro da capital paulista e, para deixá-lo prático, funcional e, ao mesmo tempo, acolhedor, encomendou um projeto de reforma à arquiteta Carolina Gava, com decoração integralmente nova.
“O cliente pediu um apartamento sofisticado e confortável e, acima de tudo, funcional para driblar a pouca metragem. A elegância também era um ponto importante no projeto para que ele pudesse receber pessoas próximas, caso necessário”, conta a arquiteta.
Com a reforma, a arquiteta manteve a laje em concreto aparente e os revestimentos entregues pela construtora no banheiro e integrou a varanda (antes isolada por portas de correr) à sala para tornar o ambiente de estar mais amplo.
Segundo Carolina, no geral, o projeto buscou referências na filosofia wabi-sabi para criar ambientes com um clima intimista e aconchegante e adotou uma paleta cromática em tons neutros e terrosos para deixá-los mais sofisticados.
Para o mobiliário, mais do que móveis que atendessem por suas dimensões compactas, já que o apartamento tem apenas 48 m², a arquiteta buscou mesclar diversas opções de tecidos e texturas para proporcionar uma experiência de toque.
O piso foi revestido com porcelanato que lembra cimento queimado para facilitar a manutenção. Já as marcenarias, desenhadas pelo próprio escritório, foram executadas em MDF, com detalhes em palha para trazer elegância e aconchego. Ao invés de usar uma pintura padrão nas paredes, foi aplicada uma textura delicada.
O ponto que mais chama atenção no projeto é, sem dúvida, a porta dupla de correr que delimita o espaço da suíte, permitindo integrá-la com o restante do espaço, quando necessário.
“Um dos maiores desafios desse projeto foi criar uma marcenaria para esconder os eletrodomésticos. Além de mensurar cada centímetro para caber tudo, sem ocupar muito espaço, lançamos mão de detalhes em palha para garantir a ventilação necessária e assim evitar o superaquecimento dos equipamentos”, finaliza a arquiteta Carolina Gava.