O projeto Fazendinhando surgiu ao final de 2017, da inquietação de Ester Carro. Moradora do Jardim Colombo, zona oeste de São Paulo, a arquiteta sentia que não podia ficar inerte diante das carências fundamentais do complexo, situado em Paraisópolis. Um grande volume de lixo se acumulava em um terreno batizado de Fazendinha, uma área de declive com cerca de 1000 m². Foi ali onde nasceu o escopo do projeto.
Com quase 15 mil habitantes, a comunidade não tinha nenhum espaço de encontro e lazer. Mobilizados, moradores e organizações próximas deram início ao projeto Parque Fazendinha, que se pauta não só na remoção de resíduos e entulho do terreno, mas também na transformação do espaço em um parque – uma área comum para ser aproveitada pela comunidade.
A iniciativa foi inspirada pelo relato de Mauro Quintanilha, fundador e idealizador do Parque Sitiê, no Rio de Janeiro. Além disso, em 2017 o Arq.Futuro se tornou parceiro do projeto, acompanhando o diálogo entre a comunidade e diversos órgãos do Poder Público.
A transformação do terreno se dá em duas frentes: na limpeza do lixão e em um programa de atividades baseado em arte e cultura. Assim, o projeto amplia a conscientização dos moradores em relação ao meio ambiente e o trabalho coletivo. Até agora, mais de 40 caminhões da Prefeitura recolheram lixo, entulho e móveis, fazendo da Fazendinha um ambiente transitável.
Apesar das melhoras, ainda há muito para ser feito. Por falta de financiamentos substanciais, a concretização do Parque Fazendinha depende de doações. No site oficial do projeto, encontram-se links para as plataformas Paypal e Benfeitoria, que recebem as doações. A meta é atingir 2500 reais para a compra de bancos e instalação de muros-arquibancadas, além de fazer a manutenção do parque. Não deixe de doar!