10 ideias da CASACOR 2019 para tornar os ambientes mais sustentáveis
Desde soluções simples, possíveis de reproduzir em casa, até sistemas construtivos inteiros, a CASACOR levou soluções para todos os cenários. Confira!
Nas últimas décadas, a sustentabilidade se tornou um assunto central em arquitetura e decoração. Isso porquê se tornou cada vez mais claro o impacto das construções na natureza e a importância de optar por soluções ecológicas, que otimizem o ambiente natural.
Em comemoração à semana do meio ambiente — que precede o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho —, separamos 10 ideias de sustentabilidade que marcaram presença nas mostras da CASACOR em 2019. Dentre elas, se apresentam soluções simples, possíveis de serem reproduzidas em casa, até sistemas construtivos inteiros, que prezam pelo caráter ecológico e o pouco impacto no ambiente. Confira na lista!
Tintas a base d’água
Em sua primeira participação no Rio de Janeiro, Leo Romano trouxe uma interpretação para as cores azul e verde, consideradas como tipicamente cariocas. No espaço Clube Leo, o arquiteto optou por tintas à base d’água, que emitem até 90% menos gases poluentes na atmosfera, em comparação às tintas solventes. O cenário é preenchido com referências à infância e ao imaginário de Leo. O mobiliário contemporâneo reuniu desde móveis dos irmãos Campana a peças de coleções de Romano. Sem contar a poltrona Mole, um clássico de Sérgio Rodrigues, visto em uma cor inédita.
Materiais reciclados
Para ser o refúgio de um jovem chef, Renato Mendonça buscou trazer a sensação de acolhimento e conforto. Para isso, incluiu peças garimpadas no mobiliário, o que conferiu um estilo vintage ao Estúdio Trigo, além de contribuir para a economia circular. O arquiteto também reaproveitou os tijolinhos aparentes de outro ambiente do Jockey Club, local que abrigou a mostra em São Paulo. Na contramão da high-tech, o arquiteto resgatou processos ancestrais para a concepção do estúdio de 48m², com materiais naturais como madeira carbonizada, pedra bruta gnaisse e argila queimada no piso.
Peças antigas
A naturalidade foi premissa do projeto La Quinta Masseria, na CASACOR Peru. Com o olhar de Jessie D’Angelo, o espaço valorizou a beleza de materiais originais, como na porta rústica, os tecidos históricos, paredes de tijolos e os azulejos pintados. Completaram o ambiente os jarros antigos, as pedrinhas e cactos — tudo agregando textura ao espaço. Inspirado em uma viagem à Sicília e nas culturas que formaram a região italiana, o projeto transmite elegância, história, tranquilidade e hospitalidade.
Iluminação natural
O recorte da luz natural se tornou a característica mais marcante do Minas Workpod, projeto de José Lourenço para a mostra em Minas Gerais. A luz foi filtrada pelos brises em mármore no janelão, traçando um desenho geométrico sobre o piso vinílico amadeirado. A iluminação natural regula a temperatura interna, economiza energia e ainda se associa a uma melhor qualidade de vida. O formato orgânico do ambiente, pensado para ser o escritório móvel do governador, reforça o elo com a natureza.
Plantas para dar vida
O urban jungle do Viride fala por si mesmo. A variedade de espécies, folhas e tamanhos levou a exuberância da natureza para dentro da CASACOR Peru. Pensado para uma pessoa apaixonada pela natureza e ambientalmente consciente, o projeto de Claudio Solari e Mónica Bazo trouxe a natureza integrada à arquitetura, transformando o ambiente em paisagem. Tons de verde reforçaram a paleta de tons naturais, enquanto o couro e o veludo nos estofados acentuaram o aconchego. Sua expressiva beleza natural levou o Viride a ser votado como a capa favorita do público do CASACOR Book Collection, em maio.
Preservação do patrimônio
As muitas camadas históricas da região portuária do Rio de Janeiro inspiraram a recepção, que levou tons de azul do mar. A mostra carioca, abrigada pelo edifício Touring Club — um importante ponto de encontro nos anos 30, que reunia grandes nomes da Era do Rádio — homenageou a memória popular, preservando e interagindo com a arquitetura original do período. No projeto Recepção das Camadas, do escritório Cité Arquitetura, o painel se destacou como o principal elemento, sobrepondo tecidos de linho. Os bordados contaram mais sobre a formação da cidade e do porto,
Container
A Casa Contêiner Cosentino foi um dos maiores sucessos da CASACOR São Paulo. Reconhecido entre as 50 melhores casas construídas do mundo em 2019, segundo o portal internacional ArchDaily, o projeto de Marília Pellegrini se destacou não apenas por suas linhas minimalistas e a pureza do branco, mas também por suas bases sustentáveis, focadas no reaproveitamento de materiais. Em sua concepção, foram acoplados dois contêineres que deram origem a uma residência de 60 m². Essa técnica construtiva se destaca pelo baixo custo de produção, a possibilidade de deslocamento e expansão, além de diminuir os resíduos de obra. A casa contou ainda com uma área externa de 100m², onde uma horta hidropônica auto irrigável e um inconfundível jardim de bambus foram destaque.
Sistemas construtivos limpos e inteligentes
Em homenagem ao centenário da escola alemã Bauhaus, Rosalinda Pinheiro levou a ideia de uma casa modernista para a mostra no Ceará. O projeto de 52m² foi constituído em dois níveis, em que o térreo foi planejado como um loft, com cozinha gourmet integrada e grande sala, e o terraço superior contou com bancada gourmet de apoio, uma mesa ampla e estar com cadeiras confortáveis. O projeto Casa Bauhaus | Espaço Deca ainda reservou espaço para uma horta, que garantiu o contato com o natural.
Cobertura de fibra natural
O nome do projeto de Adelina Feitosa e Manuela Cidrão já revela sua motivação: Raízes pretendeu resgatar o que é genuinamente cearense, unindo arquitetura, paisagismo, sustentabilidade, música e poesia. Conceituado como uma “oca” moderna, a estrutura metálica foi coberta por uma trama de palha de carnaúba. A jangada abrigada em seu interior foi cedida por uma colônia de pescadores. Além dela, os almofadões e redes proporcionaram uma experiência na grande oca, completada pelo som de pássaros do sertão.
Ventilação natural
Uma área de vivência confortável, cheia de significados e memórias pessoais foi a proposta de Cacau Ribeiro para a mostra em Ribeirão Preto. A presença expressiva da madeira, que uniu sala e cozinha e criou um diálogo entre todos os elementos, aparece no piso e no teto. Com a aparência fresca e arejada, uma das características mais fortes do Loft Essencial é a ventilação natural, que conferiu conforto e a sensação de bem-estar aos visitantes. Além de fazer o ar circular e trazer a natureza para dentro do ambietne, os caixilhos também serviram para formar as estantes do living.